22.5.11

MARCHA DA LIBERDADE

MARCHA DA MACONHA"que aconteceu ontem, dia 21 de maio, em São Paulo, mostra retrocesso e falta de liberdade no Brasil.



Assim que fiquei sabendo sobre a "Marcha da Maconha" decidi que iria participar. Já discuti muito do assunto com meus amigos, minha família e gente que realmente entende do assunto. Finalmente eu participei pessoalmente de algo que eu seja a favor e que infelizmente precisamos pedir assim, unidos.



O fato é que cheguei lá por volta de trinta minutos depois do combinado, das trinta pessoas que disseram que iam comigo, apenas um colou de verdade. A cena linda de pessoas de cara-pintadas, placas, faixas, roupas e atitudes, brilho nos olhos e uma organização impecável. Do outro lado da rua, uma parede militar, dispostos a usar toda força e armamento possível para uma manifestação PACÍFICA (vai entender)


Alguns côros e começamos a marcha, com o hino que retrata que essa marcha mostrou mais do que a liberação do uso da maconha ou o cultivo caseiro. Mostra a verdadeira repressão que vivemos hoje, veladamente, claro. "puta que pariu! Dois Mil e onze e tem censura no Brasil!". Lógico que não vamos nos comparar aos anos de 1970 mas não consigo ver como vivemos em liberdade sob balas de borracha, caceteies e bombas de gás.

Para dispersar a multidão que estava chamando atenção, veio alguns ataques do "policiamento". Infelizmente teve algum resultado. Muitos pararam no meio do caminho. Precisava de muita força para chegar ao fim e sim, muitos conseguiram.

Chegamos na praça da República com alguns feridos, os olhos ardendo, a respiração falha e a notícia de que muitos dos companheiros foram presos. Tudo isso para uma passeata onde não queríamos destruir nada nem atingir ninguém. Estávamos apenas bradando por um direito nosso e gostaríamos que o assunto fosse discutido.



Aí a gente sente na pele como as notícias mudam até chegar ao público massivo. No momento haviam apenas dois grupos: o organizado da Marcha da Maconha e o policiamento. Na TV diziam que tinha um público contra, eu não vi ninguém, além dos fardados.

Entre os manifestantes, encontrei muitos que sabiam conversar e queriam isso: conversar sobre o assunto, civilizadamente. Já no grupo que reprimia, não vi nenhum argumento convincente.

 E são nesses momentos que a gente vê que muita coisas ainda precisa mudar nesse país. A liberação da maconha é algo pequeno perto do que aconteceu nessa tarde de sábado. Cadê nossa liberdade alcançada em 1988? eu não consigo ver.

* Não leve a sério nada desse texto, afinal é só mais um cara, comentando sobre tudo sem saber de nada.

2 comentários:

  1. É interessante ver como conseguimos excluir qualquer tipo de razão naquela frase extampada em nossa bandeira.
    Onde esta a ordem em ser atacado num país onde vigora a suposta democracia e liberdade de expresão quando se quer defender uma causa, uma ideologia e mais; um direito de cidadçao numa passeata pacifica onde a arma eram a união da população a favor de tal legalização, suas vozes e placas(papel e tinta) com palavras de ordem libertaria e justificativas..?
    Onde esta o progresso em reprimir e atacar com violência sem motivo(afinal não houve ataque por parte dos manifestantes, não houve nenhum tipo de intervenção nas ruas, não foi parado transito, não foi barrado o direito dos outros cidadãos de ir e vir nas ruas e nem mesmo nenhuma ação abusiva ou visualmente ou auditivamente abrasiva para tal reação da policia)pagadores de impostos que assim como nossos antepassados(caras pintadas) queriam fazer valer um direito de escolha e de liberdade. O governo é contra? que seja..existe congresso e fala para que? mas escolhem não ouvir, escolhem não ver, escolhem calar-se e partir para a forma mais facil: reprimir, coagir por meio de violencia fisica.
    Pois é... Sei que há o TODOS ESTÃO MUDOS mas já vimos o preço a se pagar ao decidir-se falar..mas vale a pena..sempre vale..só não desistir do grito...
    Otimo artigo de opinião PC ;)

    ResponderExcluir

Mesmo que não tenha saco pra ter lido tudo e não saiba nada sobre o assunto, comente. Será acrescentador.